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Porto organiza Noites de Morcegos nos jardins da cidade

30.06.2022
Morcegos. Foto: Shankar S./Wiki Commons/arquivo

De Julho a Agosto, a cidade do Porto organiza seis noites em que poderá conhecer, ver e ouvir os morcegos em vários jardins da cidade. A primeira sessão é a 8 de Julho.

“São seis noites para conhecer, ver e ouvir os morcegos, num roteiro que nos leva até aos mais importantes espaços verdes da cidade”, explica o Departamento de Ambiente da Câmara Municipal do Porto.

Estes passeios destinam-se a todos os interessados e são adequados para famílias. Ao cair da noite, poderá ver morcegos a procurar e a caçar insectos, uns junto à copa das árvores, outros mais ao nível do solo.

Todos caçam através de ultra-sons, em frequências demasiado altas para as conseguimos ouvir sem recorrer a aparelhos de conversão.

Esta iniciativa acontece numa altura em que, a maioria das 26 espécies de morcegos de Portugal, já tem crias que nasceram há cerca de um mês. A maioria está a aprender a voar e a caçar sozinha.

O programa Noites de Morcegos acontece já há 13 anos, organizado pela Equipa de Educação para a Sustentabilidade para celebrar o Acordo EUROBATS – Acordo sobre a Conservação das Populações de Morcegos Europeus.

“Os morcegos polinizam várias espécies de plantas, permitindo que tenhamos fruta e florestas saudáveis. Além disso controlam as populações de insetos, que são potenciais destruidores de culturas agrícolas e transmissores de doenças.”

A primeira sessão é no dia 8 de Julho às 20h15, no novo Parque Central da Asprela. As inscrições para esta sessão abrem a 1 de Julho às 21h00.

A 15 de Julho, o passeio é no Palácio de Cristal (às 20h15); a 22 de Julho é no Parque Oriental (às 20h00) e a 29 de Julho é no Parque da Pasteleira (às 20h00).

Os passeios de Agosto acontecem a 5 de Agosto (no Parque de S. Roque, às 20h00) e a 19 de Agosto (no Parque da Cidade, às 19h30).

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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