A temporada de 2016 já começou na rede ibérica dos cinco centros de reprodução em cativeiro. Para este ano há 23 casais reprodutores, seis dos quais no centro de Silves. São esperadas entre 28 a 40 crias. A maioria será libertada na natureza no ano seguinte.
Os responsáveis pela conservação da espécie seleccionaram os linces para formar os 23 casais, principalmente, com base em dados genéticos, “para garantir a maior diversidade e variabilidade genética das ninhadas”, revela um comunicado do Programa de Conservação Ex-Situ do Lince-Ibérico, divulgado ontem. Em populações com poucos animais, a consanguinidade é um grave problema para a sobrevivência dos indivíduos.
No Centro Nacional de Reprodução do Lince-Ibérico (CNRLI), em Silves, estão formados seis casais: Artemisa e Foco, Fruta e Jabugo, Juromenha e Fresco, Era e Fado, Jabaluna e Enebro e Junquinha e Drago. Jabaluna e Junquinha são fêmeas primeiriças. As cópulas começaram no final de Dezembro e as crias poderão começar a nascer a partir de início de Março.
Este ano há menos quatro casais do que em 2015. Esta diminuição explica-se pelas “instalações disponíveis em cada um dos centros de reprodução”. De momento, os centros têm falta de espaço devido, em grande parte, “ao elevado número de exemplares não reprodutores que o programa alberga, seja por razões genéticas, fisiológicas ou de comportamento”.
Além disso, os técnicos tiveram em conta as “necessidades de animais para serem libertados nos diferentes programas de reintrodução em curso na Andaluzia, Castela-La Mancha, Extremadura e Portugal”.
São esperadas, então, entre 28 e 40 crias este ano. “A maior parte dos animais que nasçam em 2016 serão preparados para a sua libertação na natureza e os restantes passarão a fazer parte do programa de reprodução em cativeiro”, explica o programa.
No ano passado nasceram 61 crias nos cinco centros, o maior número desde que se começaram a reproduzir linces em cativeiro. Desses, 45 estão a ser reintroduzidos na natureza, até Abril. Em Portugal já foram libertados três.
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