Banner

Que espécie é esta: mosca do género Tabanus

08.04.2022

A leitora Lídia Costa fotografou este insecto em Mira de Aire a 16 de Agosto de 2019 e quis saber qual a espécie a que pertence. Rui Andrade responde.

“A 16 de agosto de 2019 apareceu em minha casa, Mira de Aire, esta mosca. É muito grande, mais ou menos do tamanho da cabeça do dedo polegar. Depois já apareceu outra. Nunca vi moscas deste tamanho. Será que me podem dizer que bicho é e se é prejudicial a saúde?”, perguntou a leitora à Wilder.

Trata-se de uma mosca do género Tabanus.

Espécie identificada e texto por: Rui Andrade, dinamizador do grupo Diptera em Portugal no Facebook.

Trata-se de uma mosca do género Tabanus (família Tabanidae).

Os machos alimentam-se sobretudo de néctar, enquanto que as fêmeas, para além do néctar, precisam também de ingerir sangue de mamíferos para a maturação dos ovos.

As larvas são aquáticas ou semi-aquáticas e são sobretudo predadoras de outros invertebrados como larvas de moscas, caracóis, etc.

Os Tabanidae têm importância médica e veterinária, sendo responsáveis pela transmissão de uma série de agentes patogénicos. No entanto, neste aspecto, não têm a mesma relevância que os mosquitos (Culicidae).


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

Don't Miss