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Que espécie é esta: rola-do-mar

11.02.2022

A leitora Sofia Monteiro fotografou estas aves a 9 de Fevereiro na Figueira da Foz e pediu ajuda para saber qual a espécie. Gonçalo Elias responde.

Tratam-se de rolas-do-mar (Arenaria interpres).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

A rola-do-mar é, provavelmente, a espécie de ave limícola mais fácil de observar nas praias rochosas do nosso país, incluindo nos arquipélagos (sobretudo nos Açores).

O seu comportamento é relativamente atrevido, aproximando-se frequentemente das pessoas. No entanto passa facilmente despercebida, pois a sua plumagem escura nas costas confunde-se facilmente com as rochas.

As suas patas alaranjadas e o seu modo de alimentação – em pequenos bandos, a patrulhar as poças de maré à procura dos pequenos invertebrados de que se alimenta –, denunciam a sua presença a um observador mais atento.

As rolas-do-mar não nidificam em Portugal. Reproduzem-se nas latitudes mais a norte, observando-se durante os meses de Inverno e da migração (Primavera e Outono).


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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