As duas crias nasceram esta segunda-feira, 6 de Setembro, pesando apenas 171,4 e 137,4 gramas, o equivalente a pouco mais que o peso de um copo de iogurte, cada uma. As primeiras oito semanas de vida serão vitais, indicou a instituição.
Segundo um comunicado do Zoo Aquarium de Madrid, “as crias, que nascem com a pele rosada, serão totalmente dependentes da sua mãe nos próximos quatro meses até que possam caminhar por si mesmas”. Só dentro de alguns dias, quando os sinais distintivos forem mais claros, será possível confirmar se são machos ou fêmeas.
E só dentro de dois meses e meio, quando estiverem mais fortes, serão apresentadas publicamente e terá início a escolha dos nomes, com uma votação através das redes sociais.
O primeiro nascimento aconteceu pelas 8h30 (7h30 em Lisboa), “quando a mãe começou a emitir vocalizações e se preparou instintivamente para o momento do parto que, como mãe experiente, foi tranquilo”. “Depois de expulsar a primeira cria, acolheu-a rapidamente no regaço para lambê-la enquanto esta se movia energicamente e emitia sons fortes”, descreve a nota divulgada pelo zoo espanhol. “Passava das 12 da manhã quando surgiu a segunda cria, uma surpresa que não foi totalmente inesperada nesta espécie.”
Os dois gémeos de panda-gigante foram observados por veterinários da instituição, acompanhados por dois técnicos chineses da Base de Criação de Pandas de Chendú, que vão ajudar a equipa do zoo durante os primeiros meses – incluindo a tarefa de colocar e retirar as crias da incubadora, alternadamente, para permitir que a mãe as amamente.
Este foi o quarto nascimento de crias de panda-gigante no Zoo de Madrid e o terceiro de um mesmo casal, formado pela fêmea Hua Zui Ba e pelo macho Bing Xing. A fertilização aconteceu através de uma inseminação artificial, a 12 de Abril. Nesta espécie, o período de gestação pode oscilar entre 85 e 185 dias e “só pode confirmar-se se a fêmea colaborar voluntariamente numa ecografua, o que não foi possível no caso de Hua Zui Ba“, adiantou o zoo madrileno.
O último nascimento neste local tinha acontecido em 2016, dando origem à cria Chulina, depois de Xing Bao (2013) e dos gémeos Po e De De. Em 1982, tinha nascido Chulín, filho de um outro casal de pandas.
Os programas de reprodução de pandas-gigantes (Ailuropoda melanoleuca) têm ajudado à recuperação desta espécie, que há cinco anos desceu um degrau no nível de risco de extinção atribuído pela União Internacional para a Conservação da Natureza, passando de Em Perigo para Vulnerável.