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Que espécie é esta: torga-vermelha

01.07.2021

A leitora Ana João Silva fotografou uma planta na Serra da Peneda, a 27 de Abril, e pediu para saber a espécie. Carine Azevedo responde.

“No dia 27 de Abril durante um trilho, pela Serra da Peneda cruzei-me com estas plantas e gostava muito de saber qual o seu nome e espécie”, explicou Ana João Silva na mensagem enviada à Wilder.

Trata-se de torga-vermelha, também conhecida como urze-vermelha (Erica australis), da família Ericaceae.

Espécie identificada e texto por: Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.

A torga-vermelha é um arbusto perene, que pode crescer até 2 metros de altura. As folhas são lineares, brilhantes e dispostas em verticilo, em conjunto de quatro. As flores, com corola tubular a campanulada, de cor rosada ou avermelhada, surgem agrupadas em conjunto de 2 a 6 flores, em inflorescências umbeliformes que se formam na ponta dos raminhos laterais.  

Desenvolve-se bem em locais com boa exposição solar, solos pobres, siliciosos ou ultrabásicos. É frequente encontrar-se esta planta em regiões de montanha ou em terrenos desfavoráveis para a agricultura ou em solos perturbados pela passagem de incêndios. 

É uma espécie nativa da Península ibérica e do noroeste de África. Em Portugal desenvolve-se um pouco por todo o território continental, em zonas de matos xerófilos, bosques abertos e pinhais.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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