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Que espécie é esta: fungo Colus hirudinosus

31.05.2021

O leitor Rui Manuel encontrou este fungo a 11 de Dezembro entre Elvas e Juromenha, Alentejo, e pediu ajuda para saber qual a espécie. A associação Ecofungos responde. 

“Deparei-me com um cogumelo/fungo que nunca tinha visto por estas bandas do Alentejo. Na Net não consegui descobrir nada, se pudessem ajudar agradecia”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se de uma Colus hirudinosus sl. 

Espécie identificada e texto por: Ecofungos – Associação Micológica.

Esta espécie, como a Clathrus ruber, a Clathrus archeri ou mesmo a Phallus impudicus, pertence à Ordem das Phallales.

À semelhança das outras, a frutificação inicia-se com o aparecimento de um “ovo” gelatinoso que na maturação rompe e deixa a descoberto uma pseudo-gaiola vermelha. O ovo gelatinoso permite a disponibilização de humidade ao fruto, mantendo-o fresco por mais tempo.

A rede vermelha mimetiza a carne em putrefação, quer pela cor, quer pelo cheiro nauseabundo que exala, a fim de atrair insectos necrófagos. Na fase final de maturação, abre e acaba por se liquefazer no solo.

Essa estratégia permite que os insectos contribuam para a dispersão dos esporos desta espécie.

Geralmente, é mais pequena que a Clathrus ruber e diferencia-se desta por possuir umas colunas verticais no topo que suportam a gaiola gelatinosa onde se concentram os esporos. Também é menos comum observar-se.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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