A primeira das caixas-ninho, para poupas ou estorninhos-pretos, foi instalada a 26 de Novembro na Ria Formosa pelo projecto Alojamento Local para Aves.
Durante os próximos meses, a Associação Vita Nativa – Conservação do Ambiente vai instalar 2.000 caixas-ninho nos jardins e parques públicos do Algarve. Isto acontece no âmbito do projecto Orçamento Participativo Alojamento Local para Aves.
A instalação aconteceu num dos pinheiros junto à sede do ICNF (Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas), na Quinta de Marim, em pleno Parque Natural da Ria Formosa.
“Agora, espera-se que venha ser ocupada já na próxima primavera por um casal de poupas ou de estorninhos”, escreve a Associação Vita Nativa em comunicado enviado à Wilder.
A instalação da caixa-ninho foi feita pela Vita Nativa e pela Direcção Regional da Conservação da Natureza e das Florestas do Algarve (ICNF). Também esteve presente o corpo de Vigilantes da Natureza do Parque Natural da Ria Formosa.
O projecto Alojamento Local para Aves demorou quatro meses a preparar. Foram feitas reuniões e visitas de campo, foram definidos cinco modelos de caixas-ninho e construídas as caixas-ninho.
Além deste modelo de caixa-ninho – para poupas e estorninhos-pretos, espécies bastante familiares para os cidadãos e facilmente observadas nos jardins das cidades e vilas do Algarve – estão feitos mais quatro.
Cada modelo de caixa-ninho foi feito a pensar nas especificidades das espécies-alvo, tendo também em atenção o local/habitat a instalar.
Um dos objectivos deste projecto é “proporcionar locais de nidificação para várias espécies cavernícolas que vivem em contexto urbano e periurbano. Desde pequenas espécies de passeriformes, como os chapins, às poupas e estorninhos, até a aves de rapinas de pequenas e médias dimensões, como os mochos- galegos, corujas-das-torres e peneireiros-vulgares”, explica a associação.
Além disso, o projecto quer utilizar estas aves como espécies-bandeira para o tema do controlo natural de espécies-praga. “Aqui quer-se levantar a seguinte questão: porque não deixamos a natureza trabalhar por si só? Sabemos que será impossível erradicar o uso de pesticidas, mas estamos certos de que se poderá caminhar no sentido de diminuir a quantidade usada e, dessa maneira, tornar os ecossistemas mais saudáveis e sustentáveis. Em último caso, estamos a falar da saúde humana.”
Os organizadores da iniciativa esperam conseguir sensibilizar e despertar o interesse pelas aves por quem vive nos grandes núcleos urbanos. “Iremos esforçar-nos para que durante o projeto, e mais importante depois de terminar, os cidadãos e as entidades tenham uma enorme vontade de monitorizar as caixas-ninho. E que desejem ansiosamente pela próxima primavera para ver se o casal volta a ocupar a caixa-ninho e reproduzir-se com sucesso.”
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