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Elefante africano. Foto: John Matychuk/Unsplash

Desvendado o mistério da morte de centenas de elefantes no Botswana

21.09.2020

A morte de cerca de 330 elefantes entre Maio e Junho junto ao delta do Okavango, neste país africano, deixou alarmados todos os que lutam pela conservação do maior mamífero terrestre do planeta.

Depois de vários meses de análises laboratoriais na África do Sul, Canadá, Zimbabwe e Estados Unidos, os cientistas concluíram que a causa da recente morte em massa de elefantes no Botswana é uma alga microscópica chamada de cianobactéria, noticiou a BBC.

Estas algas unicelulares são tóxicas e ocorrem em águas paradas, onde por vezes se desenvolvem até formarem grandes aglomerados. Terão sido ingeridas acidentalmente pelos elefantes quando estes beberam água.

A hipótese destas mortes se deverem a caçadores furtivos já tinha sido colocada de lado. Isto porque os animais encontrados mortos mantinham as presas, que nestes casos costumam ser a principal causa de morte e alvo de tráfico ilegal, devido ao marfim.

A descoberta foi anunciada esta segunda-feira em conferência de imprensa. “Os nossos testes mais recentes detectaram neurotoxinas como a causa das mortes. Estas são bactérias encontradas na água”, explicou aos jornalistas o veterinário-chefe do Departamento de Vida Selvagem e Parques Nacionais do Botswana, Mmadi Reuben.

Ainda há todavia muitas outras perguntas por responder, acrescentou o mesmo responsável. Por exemplo, porque é que estas algas só mataram elefantes e apenas nesta zona de África?

No Botswana habitam cerca de um terço dos elefantes africanos. As mortes pararam em Junho, quando os lagos de água onde os elefantes de deslocavam para beber secaram devido ao calor.

Saiba mais.

Recorde dez factos sobre elefantes que todos devemos saber.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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