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Que espécie é esta: andorinha-das-rochas

22.07.2020

A leitora Isabel Coutinho observou estas aves a 10 de Julho no centro de Vila Nova de Gaia e quis saber qual a espécie a que pertencem. Gonçalo Elias dá-lhe a identificação.

 

“Se possível podiam confirmar se se tratam de andorinhas, embora me pareçam um pouco gorduchas?”, perguntou a leitora.

“O meu palpite é serem andorinhas porque este ano tenho observado muitas na cidade e também já as vi junto à praia, mas sempre em voo.”

 

 

Tratam-se de andorinhas-das-rochas (Ptyonoprogne rupestris).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

Esta é a única espécie de andorinhas que pode ser observada em Portugal durante todo o ano.

Podemos vê-la mais facilmente em “habitats rochosos e escarpados, mas também ocorre com alguma regularidade em núcleos urbanos, onde pode formar dormitórios com muitas dezenas de indivíduos”, segundo o portal Aves de Portugal.

“No Inverno ocorre também junto à costa, especialmente no centro e no sul do país, podendo então formar bandos com várias dezenas de indivíduos. Nessa época pode ser encontrada sobretudo junto a zonas húmidas ou falésias. No interior do país forma dormitórios em igrejas.”

Ainda assim, as primeiras andorinhas migradoras começam a chegar a Portugal já no final de Janeiro. A pouco e pouco vão chegando outras até que, na Primavera, se dá o pico das migrações.

Aqui pode conhecer as espécies de andorinhas que ocorrem em Portugal, com a ajuda das ilustrações de Marco Nunes Correia.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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