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Que espécie é esta: musaranho-de-dentes-brancos

14.05.2020

O leitor Pedro da Silveira encontrou um pequeno musaranho e pediu ajuda para identificar a espécie. Joaquim Tapisso responde.

 

O pequeno mamífero fotografado por Pedro da Silveira foi encontrado nas Azenhas do Mar, na zona de Colares, Sintra, no dia 9 de Maio.

Trata-se de um musaranho-de-dentes-brancos (Crocidura russula).

 

 

 

Espécie identificada e texto por: Joaquim Tapisso, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Esta é a espécie de musaranho mais comum em Portugal, facilmente identificável devido ao seu tamanho em relação às outras espécies que ocorrem no país e também devido ao tamanho das suas orelhas.

Não é muito frequente ver musaranhos durante o dia, pois a sua actividade é essencialmente nocturna. No entanto, nas primeiras horas da manhã e ao final de tarde muitos destes animais estão activos, o que aumenta a probabilidade de serem avistados.
E apesar deste animal parecer bastante pequeno, um musaranho-anão seria ainda mais pequeno! Poderia existir também a possibilidade de se tratar de um musaranho-de-dentes-brancos-pequeno (Crocidura suaveolens), espécie muito parecida, mas para a qual os últimos registos ocorreram apenas mais a norte do país.

 

 

[divider type=”thin”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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