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Que espécie é esta: carvalho-sedoso

23.04.2020

O leitor Pedro Oliveira fotografou esta folha de árvore a 20 de Abril em Palmela e pediu ajuda para a identificar. Filipe Covelo responde.

 

“Vivo na Quinta do Anjo e encontrei uma árvore que não consegui identificar nos meus livros de árvores ou na internet”, escreveu o leitor à Wilder.

 

 

“Do que pude observar, trata-se de uma árvore de médio porte (do tamanho de uma bétula por exemplo), copa oval e folha persistente e está plantada num locar urbanizado (Quinta do Anjo ao pé de um estádio de futebol). Será uma espécie introduzida em Portugal?”

 

 

Trata-se da árvore carvalho-sedoso (Grevillea robusta).

Espécie identificada e texto por: Filipe Covelo, colaborador do Jardim Botânico e do Herbário da Universidade de Coimbra (UC), no âmbito do projecto PRISC (Portuguese Research Infrastructure of Scientific Collections). O Jardim Botânico da UC tem a decorrer um projecto de consultas botânicas para o qual pode enviar as perguntas e dúvidas que tiver sobre plantas ([email protected]).

As fotos são das folhas de uma espécie que se encontra em algumas ruas e parques das nossas cidades.

As flores cor-de-laranja muito vistosas e as folhas lembrando os brondes de alguns fetos tornaram esta árvore muito atrativa como ornamental.

Por ser uma árvore de crescimento rápido é também plantada em alguns países para a produção de madeira.

Trata-se da espécie Grevillea robusta A.Cunn. ex R.Br. (família Proteaceae), nativa do E da Austrália (New South Wales, Queensland) e conhecida popularmente como carvalho-sedoso (Silky Oak) ou Grevílea.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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