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Que espécie é esta: Cornucópia

17.04.2020

A leitora Ana Escoval fotografou esta planta a 8 de Março no concelho algarvio de Lagoa e pediu ajuda para a identificar. Filipe Covelo responde.

 

“Vi a flor que está na fotografia perto de Estômbar no concelho de Lagoa no Algarve, próximo da zona das fontes de Estômbar, no dia 08/03/2020. Procurei bastante (…) mas não consegui identificar, pelo que agradeço a vossa ajuda”, escreveu Ana Escoval à Wilder.

 

 

Trata-se da espécie Cornucópia (Fedia cornucopiae).

Espécie identificada e texto por: Filipe Covelo, colaborador do Jardim Botânico e do Herbário da Universidade de Coimbra (UC), no âmbito do projecto PRISC (Portuguese Research Infrastructure of Scientific Collections). O Jardim Botânico da UC tem a decorrer um projecto de consultas botânicas para o qual pode enviar as perguntas e dúvidas que tiver sobre plantas ([email protected]).

Trata-se de uma planta em frutificação da espécie Fedia cornucopiae (L.) Gaertn. (=Valeriana cornucopiae L.).

É uma erva anual de corola cor-de-rosa, com floração no início da primavera.

Esta espécie é nativa da Península Ibérica e Norte de Marrocos e ocorre em pastagens, terras de sequeiro, pousios e campos agrícolas incultos, principalmente em solos de origem calcária.

Apesar de não ter uma distribuição muito ampla em Portugal, nos locais em que aparece pode ser muito abundante.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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