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Que espécie é esta: grilo-de-sela

06.12.2019

O leitor Amândio Fernandes fotografou este insecto na Caniçada, Gerês, a 6 de Outubro de 2018 e quis saber qual a espécie a que pertence. Eva Monteiro responde.

Este insecto “foi fotografado na estrada, numa caminhada para São Bento da Porta Aberta, numa zona de muitos carvalhos”, explicou Amândio Fernandes à Wilder.

A espécie que observou é uma grilo-de-sela, do género Lluciapomaresius.

Espécie identificada por: Eva Monteiro, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

A espécie retratada é um grilo-de-sela. “Existem algumas espécies deste género em Portugal, complicadas de separar por foto. Habitam matos e são omnívoros”.

“Os grilos-de-sela distinguem-se por terem grandes dimensões, pelo pronoto (zona atrás da cabeça) muito desenvolvido que lembra uma sela de montar e pelas tégminas (nome dado às anteriores endurecidas dos ortópteros) muito reduzidas e de forma arredondada”, explica Eva Monteiro.

“São bons cantores. Produzem um canto metálico, que faz lembrar o som das cigarras, através da fricção das asas anteriores.”



Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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