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Que espécie é esta: gaivota-de-cabeça-preta

05.09.2019

A leitora Paula Lucas observou estas aves a 12 de Julho na praia da Tocha em Cantanhede, e pediu ajuda na identificação. Gonçalo Elias responde.

“Pela primeira vez, avistei estas aves na Praia da Tocha. Refiro-me às duas mais atrás. Agradecia a identificação”, escreveu Paula Lucas. 

Tratam-se de gaivotas-de-cabeça-preta (Ichthyaetus melanocephalus).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

Segundo este especialista em aves, ambas as gaivotas são imaturas. Mas a gaivota da direita é um pouco mais velha que a da esquerda, uma vez que “já tem o barrete preto”.

A gaivota-de-cabeça-preta pode ter entre 94 e 102 centímetros de envergadura de asa e um comprimento de entre 37 e 40 centímetros. É um pouco maior do que o guincho-comum.

Esta é uma espécie costeira mas também pode ser vista em alguns estuários, embora em menor quantidade, segundo o portal Aves de Portugal.

“Aglomera-se no final de tarde em torno de fontes de água doce, 
onde se banha.”

É “uma espécie invernante, cujo melhor período de observação decorre entre Outubro e início de Março, sendo também possível observá-la durante o Verão”.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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