A leitora Clara Vaz Pinto fotografou uma vespa em Longomel, Ponte de Sor, a 14 de Julho, e pediu para saber a identificação. Eva Monteiro responde.
Clara Vaz Pinto estava junto de um tanque de água e de uma área verde com flores, folhagem e sombra, quando viu três destes insectos, contou à Wilder.
“Mede cerca de 3 a 4 cm, tem asas largas e fortes e patas compridas. Quando as asas abrem, descobrem as manchas amarelas do corpo, que têm a mesma cor das da cabeça. O corpo é preto e peludo, terminando em ponta bem definida. É bem maior do que as abelhas e vespas, e mais comprida que um abelhão.”
“Agradecia a identificação e, se possível, alguma informação sobre os efeitos da picada, especialmente em crianças”, pediu ainda.
Trata-se de uma fêmea de Megascolia maculata, também conhecida por vespa-mamute pelo seu grande tamanho.
Espécie identificada e texto por: Eva Monteiro, Rede de Estações da Biodiversidade, Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.
Esta vespa é parasita das larvas dos, também grandes, escaravelhos-rinocerontes (Oryctes nasicornis).
A fêmea coloca um único ovo no exterior da pele de uma larva de escaravelho-rinoceronte paralizada. Quando a larva de vespa eclode, alimenta-se do seu hospedeiro até formar a pupa (estado em que se dá a metamorfose). Passa o Inverno neste estado até emergir como adulto, na Primavera.
Apesar do seu grande tamanho – é a maior vespa da Europa e as fêmeas chegam a ter 6 cm de comprimento – não é agressiva, apenas picando para se defender.
Saiba mais.
Leia também sobre a vespa-mamute num outro artigo do “Que espécie é esta?”.
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