O leitor Walter José dos Santos observou esta ave a 9 de Junho na Praia da Barra, em Aveiro, e pediu ajuda na identificação. Gonçalo Elias responde.
Walter José dos Santos queria saber também o que fazer no caso de encontrar uma ave com uma linha de pesca presa no bico, como esta gaivota.
Trata-se de uma gaivota-argêntea, que também tem o nome de gaivota-de-patas-amarelas (Larus michahellis).
Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.
A ave que Walter encontrou é uma gaivota-argêntea imatura, explicou Gonçalo Elias.
Esta é uma gaivota grande, que mede entre 52 e 58 centímetros de comprimento. A envergadura de asa é de entre 120 e 140 centímetros.
Tem as patas e o bico amarelos e o dorso e as asas prateadas com pontas pretas e “pérolas” brancas, segundo o portal Aves de Portugal.
Os imaturos de 1º ano são castanhos e quase indistinguíveis das gaivotas-d’asa-escura. Já os de 2º e 3º ano é visível o dorso prateado, explica o portal.
Esta é uma espécie com um estatuto de conservação de Pouco Preocupante.
É comum durante todo o ano ao longo do litoral português,
especialmente em praias, portos e na costa rochosa. No interior é uma espécie rara.
E o que devemos fazer se encontrarmos uma ave com um fio de pesca preso no bico?
Segundo Marisa Ferreira, coordenadora do Centro de Reabilitação de Animais Marinhos (CRAM) – Ecomare, na Gafanha da Nazaré (Ílhavo), “nestes casos o melhor é contactar um centro de reabilitação”.
“Muito provavelmente, na ponta do fio estará um anzol. Se o animal voar pode ser impossível capturar mas poder-se-á sempre tentar.”
No caso da gaivota que Walter encontrou, Marisa Ferreira disse que a equipa do Ecomare estará atenta, tanto mais que “é aqui ao lado do nosso centro”.
Aqui poderá encontrar a lista (e os contactos) de todos os centros de reabilitação em Portugal. E aqui mais dicas de como ajudar animais marinhos em dificuldades.
Agora é a sua vez.
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