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Flores e folhas de acanto
Acanto (Acanthus moles). Foto: Raquel Albuquerque

Que espécie é esta: acanto

07.05.2019

A leitora Raquel Albuquerque fotografou no dia 1 de Maio umas plantas na Tapada das Necessidades, em Lisboa, e pediu ajuda para saber o que são. O Jardim Botânico da Universidade de Coimbra responde.

“Gostava muito de saber que planta é esta, já procurei e não encontro”, explicou Raquel Albuquerque.

Flores e folhas de acanto
Acanto (Acanthus mollis). Foto: Raquel Albuquerque

As plantas na imagem são acantos, alguns dos quais já em flor. O nome científico desta espécie é Acanthus mollis.

Espécie identificada por: Jardim Botânico da Universidade de Coimbra (JBUC), que tem a decorrer um projecto de consultas botânicas para o qual poderá enviar todas as perguntas e dúvidas que tiver sobre as plantas ([email protected]).

O acanto é uma espécie exótica em Portugal, onde está presente tanto no Continente como nos Açores e Madeira. Isto significa que foi introduzido como planta ornamental e acabou por naturalizar-se, adaptando-se ao meio ambiente.

Segundo o Guia Prático para a Identificação de Plantas Invasoras, ligado ao projecto invasoras.pt, o acanto é uma espécie naturalizada com potencial invasor. Nesta categoria estão também algumas plantas “que já revelam comportamento invasor em Portugal, mas com distribuição ainda limitada”.

Por outro lado, uma vez que “é de introdução muito antiga”, o acanto é considerado nativo por alguns especialistas. Ainda assim, a maioria classifica-o como espécie exótica.

Uma curiosidade: as folhas desta planta inspiraram os motivos de colunas romanas.

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Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.



Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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