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Que espécie é esta: arrebenta-bois

08.05.2019

O leitor Pedro Gomes encontrou este animal na Várzea de Meruge, perto de Seia, na semana da Páscoa (18 a 22 de Abril), e pediu ajuda na identificação. Eva Monteiro responde.

 

 

Trata-se do arrebenta-bois ibérico (Physomeloe corallifer).

Espécie identificada por: Eva Monteiro, Rede de Estações da Biodiversidade, Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Este é um escaravelho da família Meloidae, endémico da Península Ibérica e bastante abundante no planalto central.

Como todos os arrebenta-bois (escaravelhos pertencentes aos géneros Meloe e Physomeloe) é fácil de identificar por ter os élitros – nome dado às asas anteriores muito duras de todos os escaravelhos – muito curtos, cubrindo no máximo um terço do volumoso abdómen.

A espécie distingue-se pelos quatro adornos vermelhos a lembrar um coral que têm no pronoto – espécie de “pescoço” que corresponde ao primeiro segmento do tórax visto de cima.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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