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Que espécie é esta: Íbis-preta

10.04.2019

O leitor Filipe Rodrigues viu centenas destas aves entre Lagoa e Portimão, no Algarve, a 4 de Abril e pediu ajuda na identificação. Gonçalo Elias responde.

 

Filipe Rodrigues viu centenas destas aves “numa fazenda perto da estrada”, às 11h15 de dia 4 de Abril. “Nunca vi esta espécie nesta parte do Algarve, em Calvário”, disse à Wilder.

“Serão maçaricos pretos?”

 

 

Trata-se de íbis-pretas, com o nome científico Plegadis falcinellus.

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

Esta é uma ave que está em Portugal todo o ano mas que é mais abundante no Inverno, entre Setembro e Março, segundo o portal Aves de Portugal.

Mede entre 55 e 65 centímetros e tem uma envergadura de asa que pode chegar aos 105 centímetros.

É uma ave que se pode distinguir pela forma curvada e longa do bico e pelo tom uniformemente castanho-escuro das penas.

Pode formar bandos de algumas centenas de aves, embora o mais comum é encontrarem-se aglomerados de algumas dezenas, tratando-se de uma espécie pouco comum e de distribuição muito localizada, segundo informações daquele portal.

“O nome sugerido pelo leitor (maçarico-preto) é uma designação antiga para esta ave, que actualmente não é muito utilizada, uma vez que isto não é um maçarico”, explicou Gonçalo Elias.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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