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Que espécie é esta: grilo-de-sela

16.10.2018

O leitor Rui Figueiredo fotografou este insecto a 6 de Outubro em Seixas (Caminha) e quis saber qual a espécie a que pertence. Eva Monteiro e Francisco Barros dão-lhe a identificação.

 

Rui Figueiredo, “leitor assíduo” da Wilder, pediu ajuda “para descobrir a espécie de grilo / gafanhoto” que fotografou naquela região do concelho de Caminha (distrito de Viana do Castelo).

 

 

A espécie que observou é um grilo-de-sela, do género Neocallicrania.

Espécie identificada e texto por: Eva Monteiro e Francisco Barros, Rede de Estações da Biodiversidade, Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Ambos concordamos que é um grilo-de-sela do género Neocallicrania.

A taxonomia deste género endémico da Península Ibérica está presentemente a ser revista pelo especialista catalão Joan Barat, com novas espécies a serem descritas para a Ciência brevemente.

De acordo com a distribuição conhecida, a única espécie de Neocallicrania que pode aparecer em Caminha é a Neocallicrania selligera. No entanto, o brilho do corpo que aparenta ter o indivíduo nas fotos que o Rui nos envia, não aponta para esta espécie que tem o corpo e abdómen baços.

É um caso a investigar!

Quando estivermos por Seixas, Caminha, procuraremos o bicho. Nessa altura entraremos em contacto com o Rui para pedir uma localização mais precisa.

 

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Este é o terceiro grilo-de-sela registado pelos leitores no “Que espécie é esta?”. Já temos um observado na Serra da Freita e outro no Vale do Risco, na Serra da Arrábida.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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