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Dez factos sobre elefantes que todos devemos saber

12.08.2015

No Dia Mundial do Elefante, que se celebra a 12 de Agosto, a Wilder dá-lhe a conhecer 10 factos que todos devem conhecer sobre este magnífico animal. Alguns pormenores são simplesmente curiosos, mas outros são uma chamada de atenção para os perigos que enfrenta o maior mamífero terrestre.

 

1. A cada 15 minutos, um elefante é morto por causa do tráfico ilegal. O alerta faz parte de uma campanha lançada durante o dia de hoje no Twitter pela IFAW – International Fund for Animal Welfare, com o ‘slash’ #every15minutes. Quase 35.000 elefantes morrem todos os anos pelo marfim e tráfico ilegal destes animais. Calcula-se que estes crimes rendem cerca de 19.000 milhões de dólares (cerca de 17.000 milhões de euros), todos os anos, para quem está envolvido.

 

2. Existem duas espécies: o elefante africano (Loxodonta africana) e o elefante asiático (Elephas maximus). Os elefantes africanos são o maior mamífero terrestre do mundo, com um peso de quase oito toneladas. Têm orelhas mais largas do que os asiáticos e todos ostentam presas de marfim, tanto machos como fêmeas. Na Ásia, as presas são uma característica de apenas alguns machos, descreve a WWF.

 

3. Em África, os elefantes são considerados uma espécie Vulnerável. A população é de cerca de 500.000 indivíduos e nalgumas regiões os números são estáveis ou até têm vindo a aumentar, nomeadamente no sul do Continente. No entanto, noutras regiões há populações seriamente ameaçadas pela perda de habitat e pela caça ilegal.

 

4. O elefante asiático está classificado como Em Perigo. Estima-se que o número de indivíduos caiu pelo menos 50% nas últimas três gerações (entre 60 a 75 anos, no total), devido à perda de habitat e ao tráfico. A União Internacional para a Conservação da Natureza calcula que restam cerca de 40.000 a 50.000 elefantes na Ásia, a grande maioria na Índia.

 

5. Tal como nos humanos, que são destros ou esquerdinos conforme usam mais a mão direita ou a mão esquerda, cada elefante também usa mais a presa direita ou a presa esquerda. Utilizam-nas para cavarem, à procura de comida e de água, para retirarem a casca dos troncos das árvores e também para lutarem entre si. A presa mais usada é normalmente mais curta, devido ao desgaste com o uso.

 

6. Quanto à tromba, que tem cerca de 100.000 músculos diferentes, é usada para quase tudo: respirar, agarrar coisas, cheirar, beber, fazer sons. Em África, o final da tromba dos elefantes tem o que parecem ser uma espécie de dois dedos, que os ajudam a agarrar nos objectos. Já na espécie asiática, a extremidade das trombas exibe apenas “um dedo”, indica a National Geographic.

 

7. São o mamífero com o maior período de gestação, que se prolonga por quase dois anos: 22 meses. Quando nasce, um elefante já pesa mais de 90 quilos e mede cerca de um metro de altura. Depois, durante vários anos, as crias são protegidas e cuidadas pelas fêmeas. Uma fêmea pode ter uma nova cria com intervalos de quatro a cinco anos.

 

8. As sociedades são matriarcais. Fêmeas e crias vivem em grupos socialmente complexos, enquanto os machos costumam permanecer isolados. Quando se deparam com restos mortais de outros elefantes, parecem mostrar entendimento e consideração pelos que morreram, afagando-os com as trombas.

 

9. Os elefantes podem viver até 70 anos em estado selvagem. Quando estão saudáveis, estes mamíferos não têm predadores na natureza.

 

10. Raízes, cascas de árvore, frutos e folhas são a principal alimentação. Um elefante adulto pode consumir quase 140 quilos de comida por dia. Precisam de percorrer vastos territórios em busca de alimento, o que os torna especialmente vulneráveis perante a perda e a degradação da qualidade dos seus habitats naturais.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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