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Coruja-do-mato (Strix aluco). Estima-se que existam mais de 11.000 espécies de aves no mundo. Foto: Joe Pell

Saiba o que os portugueses ajudaram a descobrir em 2017

07.02.2018

O ano de 2017 melhorou o conhecimento que temos sobre as espécies de Portugal. Para isso muito contribuíram centenas de cidadãos, ao lado de naturalistas e investigadores. Aqui ficam alguns dos maiores projectos de 2017, num retrato da Ciência Cidadã para a Biodiversidade feito pela Wilder e produzido por Mário Cameira.

 

infografia com registo das principais iniciativas de ciência cidadã em 2017

 

Conheça também sete factos que estão contidos nesta infografia:

1. Mais de 1.188 cidadãos portugueses juntaram-se a acções de ciência cidadã em 2017, ajudando a construir o retrato da biodiversidade em Portugal, com a ajuda de especialistas. A maior parte destes cidadãos-cientistas, 847, estiveram presentes em nove bioblitzes (registo relâmpago de espécies), curiosamente todos realizados junto ao litoral – como os bioblitzes do Campus de Aveiro e do Parque da Paz, em Almada.

2. As aves foram dos animais mais observados, com um total de 228 registos de espécies deste grupo, incluindo no bioblitz do Parque Florestal de Monsanto. [Parte dos registos das espécies foram iguais, é claro, em diferentes bioblitzes.]

3. Quem participou nestas acções de ciência cidadã também andou, por exemplo, em busca de plantas (355 registos de espécies), de répteis e anfíbios (29), de mamíferos (19) e de insectos e invertebrados (225). Em Tróia, quem esperou até ao lusco-fusco ajudou a encontrar quase 70 espécies diferentes de invertebrados na zona entre-marés. Ali, também se registaram diferentes espécies de peixes (sete) e de algas (quatro).

4. A diversidade de insectos e outros invertebrados surpreendeu também os mais de 80 cidadãos-cientistas que participaram no bioblitz do Jardim Botânico do Porto. Encontraram 32 espécies deste grupo, incluindo 20 novas para o jardim. Registaram também 30 espécies de líquenes, incluindo 20 novas para aquele espaço.

5. Por sua vez, o censo dos grous, no Alentejo, e o censo da águia-pesqueira, em vários pontos do país, atraíram centenas de interessados. Foram 341 as pessoas que ajudaram na contagem de milhares de aves e a identificar como estão a evoluir estas populações em território português.

6. Outros projectos de ciência cidadã apelaram ao uso das novas tecnologias, pelo público em geral, para ajudarem a perceber como estão a evoluir em Portugal as populações de esquilo-vermelho, de diferentes espécies de gelatinosos e ainda de plantas invasoras. No site invasoras.pt, a mimosa foi a planta mais vezes registada, com 203 observações nos 10 primeiros meses do ano.

7. Já diferentes bases de dados, como o BioDiversity4All, continuaram a permitir o registo de espécies em Portugal. Até Outubro, o pisco-de-peito-ruivo foi a espécie com mais registos no BioDiversity4all, num total de 1.595 observações.

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Descarregue o pdf desta infografia.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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