A quantidade de jacintos-de-água, planta aquática exótica, que está a invadir o estuário do Cávado está a preocupar a Quercus. Ontem, a associação nacional de conservação da natureza pediu acções de controlo e alertou para as consequências na flora e fauna local.
Esta não é a primeira vez que o jacinto-de-água (Eichhornia crassipes) ataca o Cávado, rio com 135 quilómetros de extensão que nasce na Serra do Larouco e que passa pelos concelhos de Montalegre, Terras de Bouro, Vieira do Minho, Amares, Póvoa de Lanhoso, Vila Verde, Braga, Barcelos e Esposende.
Mas nestes últimos meses a situação ter-se-á agravado, com uma proliferação “eficaz e rápida”, talvez pelo calor que trouxe as condições ideais de crescimento a esta planta originária da América do Sul.
Por isso, a associação pede ao Ministério do Ambiente e ao Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) “que preceda a ações de combate continuadas para a erradicação desta infestante”. No seu entender, é necessário também monitorizar a situação em contínuo, determinar qual a área invadida e avaliar os impactes.
Estas planta cria “uma forma de tapete que, muitas vezes, cobre totalmente a superfície da água. Esse tapete faz com que a luz incidente seja reduzida, diminuindo assim a qualidade da vida aquática, levando em muitos casos à eutrofização”, explica a Quercus. Além do impacte no ecossistema, impede a navegação e entope canais, dificultando o uso piscícola e recreativo do rio.
O projecto Invasoras.pt preparou uma ficha onde podemos saber mais sobre esta planta.