As plantas têm sido muito resilientes às cinco extinções em massa que alteraram profundamente a história do planeta. Mais do que os animais, diz um novo estudo coordenado pela Universidade de Gotemburgo, Suécia.
A revista “New Phytologist” publica agora os resultados de uma investigação que olhou para mais de 20.000 fósseis de plantas para compreender os impactos daqueles eventos dramáticos na diversidade do mundo vegetal.
Os investigadores descobriram que, no geral, as plantas têm conseguido sobreviver e recuperar depois das grandes extinções. A equipa, liderada por Daniele Silvestro, ficou mais surpreendida com os impactos de um asteroide na costa do México, há 66 milhões de anos. Este evento teve um enorme impacto nos habitats terrestres e levou à extinção dos dinossauros. Mas, surpreendentemente, teve apenas efeitos limitados na diversidade das plantas com flor. Na verdade, pouco tempo depois do impacto, registou-se um rápido aumento da sua diversidade.
“Ao estudar estes fenómenos extremos, estamos a tentar aprender que grupos de organismos são mais sensíveis a alterações. Queremos aplicar este conhecimento para proteger a biodiversidade das alterações climáticas e da degradação dos ecossistemas naturais”, explica o investigador Alexandre Antonelli, que também participou no estudo.