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Plantas sobrevivem melhor às extinções em massa do que os animais

18.02.2015

As plantas têm sido muito resilientes às cinco extinções em massa que alteraram profundamente a história do planeta. Mais do que os animais, diz um novo estudo coordenado pela Universidade de Gotemburgo, Suécia.

A revista “New Phytologist” publica agora os resultados de uma investigação que olhou para mais de 20.000 fósseis de plantas para compreender os impactos daqueles eventos dramáticos na diversidade do mundo vegetal.

Os investigadores descobriram que, no geral, as plantas têm conseguido sobreviver e recuperar depois das grandes extinções. A equipa, liderada por Daniele Silvestro, ficou mais surpreendida com os impactos de um asteroide na costa do México, há 66 milhões de anos. Este evento teve um enorme impacto nos habitats terrestres e levou à extinção dos dinossauros. Mas, surpreendentemente, teve apenas efeitos limitados na diversidade das plantas com flor. Na verdade, pouco tempo depois do impacto, registou-se um rápido aumento da sua diversidade.

“Ao estudar estes fenómenos extremos, estamos a tentar aprender que grupos de organismos são mais sensíveis a alterações. Queremos aplicar este conhecimento para proteger a biodiversidade das alterações climáticas e da degradação dos ecossistemas naturais”, explica o investigador Alexandre Antonelli, que também participou no estudo.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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