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Operação em curso para salvar tartarugas depois de ruptura de barragens no Brasil

09.11.2015

Duas barragens em Minas Gerais colapsaram e derramaram lamas e desperdícios de minérios na região do Rio Doce. Está em curso uma operação para retirar os ovos de tartarugas depositados perto da foz do rio.

 

A foz do rio Doce, no estado do Espírito Santo, é uma importante área de concentração de desovas da tartaruga gigante ou tartaruga de couro (Dermochelys coriacea), segundo os responsáveis do Projecto Tamar, noticia o jornal brasileiro O Globo. De facto, o litoral norte do estado do Espírito Santo é a única área regular de desova para esta espécie conhecida no Brasil. Desde sábado, os ovos estão a ser levados para áreas distantes da foz, que são mais seguras.

O impacto das lamas e desperdícios de minérios na vida selvagem da região está a ser monitorizado pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema).

Na quinta-feira passada, dia 5 de Novembro, duas barragens da empresa mineira Samarco, na cidade de Mariana, na região central de Minas Gerais, rebentaram, libertando as lamas tóxicas para o rio Doce. Vinte e cinco pessoas estão desaparecidas e há dois mortos registados.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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