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Já nasceu a cria de cagarro seguida por webcam na ilha do Corvo

21.07.2015

Depois de um período de incubação de dois meses, nasceu esta tarde a cria de cagarro (Calonectros diomedea borealis) cujo ninho na ilha do Corvo, nos Açores, está a ser seguido por uma webcam.

 

Neste momento, a webcam colocada no ninho mostra, em tempo real, a fêmea a descansar, com a cria aninhada por baixo.

Este é o terceiro ano consecutivo em que é possível seguir em directo um casal de cagarros, desde o início de Junho até Novembro. É nesse mês que as crias saem dos ninhos e voam pela primeira vez em direcção ao mar.

O cagarro é uma ave marinha que mede 50 centímetros de comprimento, em média, e tem uma envergadura de asa de um metro e 25 centímetros. Nidifica nas ilhas Berlengas, Açores, Madeira e nas Canárias, em ninhos feitos em cavidades naturais e fendas nas rochas. Nos Açores estima-se que nidifiquem 75% da população mundial de Calonectros diomedea borealis.

A webcam faz parte de um projecto para recuperar o habitat das aves marinhas nos Açores, coordenado pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (Spea), com financiamento do programa LIFE da Comunidade Europeia.

 

 

 

 

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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