Foi inaugurado esta manhã o Observatório da Biodiversidade de Vila Real, na Quintã, no Vale da Campeã, anunciou o município. A nova estrutura, que tem um abrigo fotográfico e dois para observação de aves, é o ponto de partida para a descoberta das plantas, borboletas, anfíbios, aves e libélulas da região.
Este observatório foi criado num local que já foi utilizado na exploração do minério. O espaço, pertencente à Assembleia de Compartes da Comissão de Baldios da Quintã, terá agora uma nova utilização, dedicada à valorização da biodiversidade local.
A Câmara Municipal de Vila Real destaca como um dos ex-libris da zona a Lagoa da Sardoeira, “que alberga um conjunto significativo de espécies de anfíbios, lepidópteros (borboletas) e odonatas (libélulas), para além de receber a visita de cerca de 42 espécies de aves, algumas delas migratórias e raras no território”.
O Observatório inclui um abrigo fotográfico junto à lagoa, com uma área útil que permite a utilização do espaço por 4 fotógrafos, e dois abrigos de observação de aves, localizados em pontos estratégicos para uma observação e captação de imagens.
No terreno contíguo, com cerca de oito hectares, é possível identificar uma série de espécies da flora local, como a orvalhinha (Drosera rotundifolia), uma das espécies de plantas carnívoras de Portugal, e orquídeas selvagens.
Este projecto tem como parceira a Universidade de Trás-os-Montes, que tem estudado a zona do ponto de vista da biodiversidade. A obra de recuperação custou cerca de 112 mil euros e foi objeto de financiamento do Programa Operacional Regional do Norte (ON 2).