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Fósseis provam que aves modernas apareceram ainda mais cedo

06.05.2015

Uma equipa de cientistas descreveu uma nova espécie de ave, com base em dois fósseis descobertos no Norte da China, datados de há 130 milhões de anos. Isto permitiu-lhes perceber que, afinal, as aves modernas apareceram cerca de seis milhões de anos antes do que o pensado.

Os fósseis de Archaeornithura meemannae foram encontrados na bacia de Sichakou na província chinesa de Hebei por um comerciante de fósseis e vendidos ao Museu de História Natural Tianyu, em Shandong.

Depois de analisarem os fósseis, os cientistas concluíram que as aves começaram a distanciar-se dos dinossauros entre cinco a seis milhões de anos mais cedo do que o pensado, no início do Cretáceo, segundo um artigo publicado nesta terça-feira na revista “Nature Communications“. Este é, assim, o registo mais antigo do grupo que inclui as aves actuais, chamado “Ornithuromorpha”.

A equipa, liderada por Wong Min, da Academia chinesa de Ciências, estudou a plumagem, quase intacta, e concluiu que estas aves viviam em zonas húmidas e que tinham boas capacidades de voo.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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