Um grifo (Gyps fulvus), uma das três espécies de abutres em Portugal, foi atingido na zona de Évora com mais de 20 chumbos. A ave está desde sexta-feira aos cuidados do Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens (RIAS), em Olhão.
“Através de raio-x foi possível confirmar a presença de mais de 20 chumbos alojados no seu corpo e penas”, informa o RIAS, a funcionar na Quinta de Marim.
Este é o primeiro grifo que o centro recebe neste Outono. Normalmente, estas aves – cuja envergadura de asa pode chegar aos 265cm – chegam ao RIAS por causa do cansaço ou debilidade, numa altura em que estão em dispersão para África. Mas este é um caso diferente e o centro já elaborou um relatório “para que a GNR possa dar seguimento ao caso. Embora chegar ao culpado não seja fácil, é necessário actuar de forma a diminuir estes crimes contra a nossa fauna”, acrescenta.
Desde o início do ano até Setembro, o RIAS já recebeu águias-d’asa-redonda, águias-cobreiras, corujas, peneireiros-comuns e uma águia-de-Bonelli atingidas a tiro. “A recuperação deste tipo de lesões é bastante difícil, porque (as aves) apresentam múltiplas fracturas pela dispersão dos chumbos”, lembra o centro.
[divider type=”thin”]Agora é a sua vez.
Se tiver conhecimento de situações de abate ilegal de espécies selvagens, contacte o SEPNA/GNR através da linha SOS Ambiente: 808.200.520