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Caça ilegal matou 779 aves de rapina na Escócia nos últimos 20 anos

22.12.2015

Entre 1994 e 2014, a caça ilegal causou a morte a 779 aves de rapina na Escócia, revelou na semana passada um relatório detalhado feito pela organização Royal Society for the Protection of Birds (RSPB).

 

A maioria das aves (468) foi envenenada, 173 foram baleadas e 76 apanhadas em armadilhas ilegais.

Segundo o relatório, as aves de rapina abatidas foram 104 milhafres-reais (Milvus milvus), 37 águias-reais (Aquila chrysaetos), 30 tartaranhões-azulados (Circus cyaneus), 16 açores (Accipiter gentilis) e 10 águias-rabalvas (Haliaeetus albicilla).

No entanto, este relatório apenas abrange incidentes confirmados como tendo envolvido actividade criminosa. “Por isso, o número real será muito maior”, diz a RSPB em comunicado.

A maioria dos casos foi registada em áreas de caça associativa. “Reconhecemos que muitos proprietários e os seus funcionários ajudaram as aves de rapina com esforços de conservação positivos, em especial os programas de reintrodução das águias-rabalvas e dos milhares-reais”, disse Stuart Housden, director da RSPB escocesa. “Mas ainda há muitos que não agem de forma responsável e não haverá uma melhoria no estatuto de conservação das rapinas até que a gestão dos terrenos seja feita totalmente dentro da lei.”

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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