Entre 1994 e 2014, a caça ilegal causou a morte a 779 aves de rapina na Escócia, revelou na semana passada um relatório detalhado feito pela organização Royal Society for the Protection of Birds (RSPB).
A maioria das aves (468) foi envenenada, 173 foram baleadas e 76 apanhadas em armadilhas ilegais.
Segundo o relatório, as aves de rapina abatidas foram 104 milhafres-reais (Milvus milvus), 37 águias-reais (Aquila chrysaetos), 30 tartaranhões-azulados (Circus cyaneus), 16 açores (Accipiter gentilis) e 10 águias-rabalvas (Haliaeetus albicilla).
No entanto, este relatório apenas abrange incidentes confirmados como tendo envolvido actividade criminosa. “Por isso, o número real será muito maior”, diz a RSPB em comunicado.
A maioria dos casos foi registada em áreas de caça associativa. “Reconhecemos que muitos proprietários e os seus funcionários ajudaram as aves de rapina com esforços de conservação positivos, em especial os programas de reintrodução das águias-rabalvas e dos milhares-reais”, disse Stuart Housden, director da RSPB escocesa. “Mas ainda há muitos que não agem de forma responsável e não haverá uma melhoria no estatuto de conservação das rapinas até que a gestão dos terrenos seja feita totalmente dentro da lei.”