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Brasil vai ter o primeiro santuário de elefantes da América Latina

29.06.2015

O santuário, com 1.100 hectares em Mato Grosso, quer receber animais mantidos durante anos em cativeiro ou em circos e será gerido pela organização Santuário de Elefantes Brasil.

 

Segundo o jornal Folha de São Paulo, o terreno foi adquirido este mês por aquela organização, que já tem autorização do Governo brasileiro para funcionar.

As primeiras hóspedes serão três fêmeas. Ramba é uma elefante asiática com 50 anos que trabalhou em circos na Argentina e no Chile. Guida e Maia, ambas na casa dos 40 anos, vivem numa propriedade de Paraguaçu (Mato Grosso) desde 2011 quando foram recolhidas de um circo na Baía pelo Ministério Público brasileiro.

Quando estiver em pleno funcionamento, dentro de cinco anos, o santuário poderá albergar mais de 50 animais, provenientes de circos ou de jardins zoológicos. Ainda assim, não estará aberto ao público. “Queremos que estes animais tenham paz e tranquilidade. Ainda não existe um modelo em que as pessoas possam vê-los de perto sem lhes tirarmos a liberdade”, disse Junia Machado, presidente da organização, ao jornal brasileiro.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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