A Wilder ganhou este ano o Prémio de Conservação do Lince Ibérico atribuído em Portugal pelo projecto Life Iberlince (2011-2018), por contribuir “significativamente para a difusão do lince-ibérico entre a opinião pública”, anunciaram os responsáveis do projecto de conservação luso-espanhol.
Esta distinção, para a qual a Wilder foi proposta pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), parceiro português do projecto luso-espanhol, reconhece “as colectividades, instituições e indivíduos cuja contribuição para a preservação e conservação do lince-ibérico tem sido notável”, explica um comunicado divulgado pelo Life Iberlince.
Os prémios foram entregues esta terça-feira, 5 de Junho, durante uma cerimónia no Teatro Romano de Mérida, em Espanha, com a presença de representantes dos parceiros do projecto de conservação e das pessoas e entidades que foram premiadas este ano.
Ao entregar o prémio atribuído à Wilder, Sofia Castel-Branco, do Conselho Directivo do ICNF, destacou a importância de projectos jornalísticos sérios e independentes para a conservação do lince.
Helena Geraldes e Inês Sequeira, que receberam a distinção em nome da equipa da revista, recordaram “os altos e baixos desta aventura que está a trazer de volta este felino” – considerado o mais ameaçado do mundo – e lembraram dois dias que “marcarão para sempre a história da Wilder”. “O dia em que assistimos ao nascimento de três crias de lince no Centro Nacional de Reprodução do Lince-Ibérico em Silves e o dia em que vimos Nara ser devolvida à liberdade, em Mértola.”
“Tem sido com muita satisfação que vemos o lince levar o tema da conservação da natureza ao mais alto nível, e a tantas pessoas, graças à cooperação de dois países que o querem de volta”, sublinhou Helena Geraldes.
A equipa agradeceu também aos leitores da Wilder, a todos “os que celebram os sucessos e que se importam com os fracassos” do lince-ibérico e ainda a todas as entidades que trabalham na conservação da espécie.
“Ainda há muito a fazer, e não apenas no terreno”, uma vez que “o jornalismo e a informação credível, rigorosa e consistente são fundamentais para uma espécie que está de regresso, depois de várias décadas de ausência.”
Quanto a Espanha, houve seis prémios atribuídos por parceiros espanhóis do projecto este ano, nas regiões da Andaluzia, Extremadura e Castela-La Mancha: o município de Almuradiel, na Serra Morena (Castela La-Mancha), a população de Andújar (Andaluzia), a propriedade Peñalajo (Castela La-Mancha), o gestor do couto de caça de Aznalcázar, Diego García Márquez (Andaluzia), os trabalhadores da propriedade Los Quintos de San Martín e a Escola Gloria Fuertes de Fuente del Arco (ambos em Badajoz).
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A Wilder deseja agradecer este prémio aos leitores que todos os dias a acompanham e que se revêem nas histórias de conservação do lince-ibérico e de todas as outras espécies, todas elas igualmente valiosas, e a todos aqueles que colaboram com esta revista. Agora e no futuro, queremos continuar a inspirar os nossos leitores a descobrirem e a ajudarem na conservação da Natureza, através de histórias, notícias, sugestões, relatos e testemunhos de quem trabalha em prol do mundo natural. Afinal, só podemos proteger aquilo que conhecemos, e para isso o jornalismo será sempre uma peça fundamental.