A campanha “Salve uma Ave Marinha” contou com a ajuda de dezenas de voluntários que patrulharam as ruas de várias localidades, em busca de jovens cagarras desorientadas pelas luzes artificiais.
Estas brigadas de patrulhamento andaram pelas ruas do Funchal, Câmara de Lobos, Machico, Santa Cruz e Santana, à procura das cagarras que nesta altura do ano deixam os ninhos e voam na direcção das luzes artificiais, caindo nas cidades. Depois de medidas e anilhadas, para serem acompanhadas no futuro, as aves resgatadas foram devolvidas ao mar.
“Os resultados destas brigadas científicas da Campanha Salve uma Ave Marinha foram excelentes e conseguimos, ao longo de 14 dias, desempenhar um papel crucial na sobrevivência das jovens cagarras”, indicou em comunicado a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA Madeira), que coordena esta iniciativa, realizada entre 23 de Outubro e 5 de Novembro.
Segundo a SPEA, estiveram envolvidos 50 voluntários locais e 12 voluntários externos à região, que percorreram 160 quilómetros diariamente, num total de 2.240 quilómetros. Foram salvas 88 cagarras; outras cinco aves da mesma espécie não foram socorridas a tempo.
A campanha “Salve uma Ave Marinha”, que se realiza no âmbito do projeto LIFE Natura@night, vai prolongar-se ainda até esta terça-feira, dia 15. “Esteja atento e, caso encontre uma ave, contacte a Rede SOS Vida Selvagem do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza, RAM, através do 961957545”, apela a SPEA Madeira.