A partir de 1 de Junho quem quiser visitar a ilha da Berlenga terá de pedir uma licença e pagar uma taxa de acesso na plataforma BerlengasPass. O objectivo é limitar o número de pessoas na ilha e ajudar a preservar a sua fauna e flora.
É na plataforma electrónica BerlengasPass que podem ser agendadas as visitas ao arquipélago das Berlengas. Aí poderá obter permissão de acesso à área terrestre da ilha e fazer o pagamento da taxa de acesso e permanência na ilha, definida em três euros por dia e por pessoa (os visitantes maiores de 6 anos e menores de 18 anos e os visitantes a partir de 65 anos pagam 50 % do valor da taxa).
A capacidade de carga humana da Reserva Natural das Berlengas foi fixada até ao limite máximo de 550 pessoas em simultâneo, não incluindo agentes da autoridade no âmbito de intervenções relativas à segurança pública e outros. A medida visa minimizar os efeitos da visitação sobre os habitats e as espécies da ilha.
Esta capacidade de carga humana foi definida com base em estudos científicos e após a devida articulação no Conselho Estratégico da Reserva Natural das Berlengas (que reúne representantes da administração central do Estado, da Comissão de Desenvolvimento e Coordenação Regional de Lisboa e Vale do Tejo, da Câmara Municipal de Peniche, de organizações não governamentais de ambiente e de entidades associativas e empresariais).
A Reserva Natural da Berlenga foi criada pelo Decreto-Lei n.º 264/81, de 3 de Setembro, com o objectivo de promover a protecção dos valores naturais do arquipélago e da área marinha circundante e também para ordenar, controlar e melhorar o seu potencial recreativo.
“Infelizmente, nos meses de Verão, ocorrem com alguma frequência episódios de sobrecarga humana, que geram desconforto generalizado, pressionam os ecossistemas e desagradam aos visitantes, provocando falhas nas estruturas locais de saneamento. Estas situações demonstram, mesmo aos mais cépticos, que existem de facto limites de ocupação humana que devem ser respeitados, não só para garantir a conservação dos ecossistemas insulares, mas também para defender a qualidade de vida no arquipélago e para garantir a sustentabilidade do produto turístico «Berlenga»”, segundo a Resolução de Conselho de Ministros de 2008 que aprovou o Plano de Ordenamento da Reserva Natural das Berlengas.
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