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Vila do Bispo assina protocolo para conservar charcos temporários

02.12.2016

A Câmara Municipal de Vila do Bispo, no Algarve, e a Liga para a Protecção da Natureza (LPN) assinaram um protocolo de colaboração para conservar e promover charcos temporários.

 

O protocolo foi assinado a 21 de Novembro pelo presidente da Câmara, Adelino Soares, e pelo presidente da LPN, Tito Rosa.

Para já, a autarquia compromete-se a conservar dois charcos na zona de Samouqueira, dos quais dependem várias espécies, como o crustáceo Triops vicentinus. Os charcos vão ser geridos para a conservação e serão ali colocados painéis informativos. Segundo uma nota de imprensa da autarquia, o impacto das acções de conservação será monitorizado.

Esta iniciativa surge no âmbito do projecto LIFE Charcos (Julho de 2013 a Dezembro de 2017), coordenado pela LPN e que tem como parceiros a Universidade de Évora, a Universidade do Algarve, a Câmara Municipal de Odemira e o Grupo de Beneficiários do Mira. O objectivo é reverter o declínio e ajudar à conservação deste habitat prioritário e característico de climas com Invernos chuvosos e Verões quentes e secos.

Vila do Bispo compromete-se a colaborar também em outras intervenções do projecto no concelho, desde acções de restauro a acções de sensibilização. Segundo o município, “pretende-se implementar medidas de gestão do habitat nestes espaços para evitar a sua degradação, assegurar a sua manutenção e melhorar o estado de conservação a longo prazo.”

Este projecto já tem feito acções de restauro em charcos temporários de Vila do Bispo. A equipa do projecto e a autarquia fizeram o controlo da vegetação invasora, como acácias, que estava a invadir a área do charco e plantaram arbustos e vegetação nativa.

 

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Saiba mais sobre o projecto LIFE Charcos aqui.

Descubra nove das muitas espécies que vivem nos charcos temporários em Portugal.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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