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Rinocerontes-brancos do Lago Nakuru

22.09.2015

No início de Maio, estes rinocerontes-brancos foram captados pela câmara fotográfica de Daniel Pinheiro, no Parque Nacional do Lago Nakuru, no Quénia. Hoje celebra-se o Dia Mundial do Rinoceronte.

 

Os rinocerontes da fotografia, captada ao cair da noite, pertencem a uma das cinco espécies de rinocerontes do planeta. São rinocerontes-brancos (Ceratotherium simum) e vivem no Parque Nacional do Lago Nakuru, no Quénia, área protegida vedada com 118 quilómetros quadrados.

São o segundo maior mamífero terrestre, depois do elefante. Os machos adultos podem pesar 3.6 toneladas.

No final do século XIX pensou-se que estes rinocerontes teriam desaparecido de África. Mas em 1895 foi descoberta uma pequena população com menos de 100 animais em Kwazulu-Natal, na África do Sul. Hoje, graças a medidas de conservação e gestão, estima-se que existam cerca de 20.000 animais em estado selvagem, mais de 90% a viver na África do Sul, Namíbia, Zimbabwe e Quénia. Esta é uma espécie Quase Ameaçada, segundo a Lista Vermelha da União Internacional da Conservação da Natureza (UICN).

Ainda assim, a espécie não está livre da ameaça dos caçadores furtivos, nem mesmo no Lago Nakuru, um dos nove santuários para rinocerontes do Quénia e onde vivem cerca de 70 rinocerontes-brancos. Nos últimos anos têm sido mortos centenas de animais em África por causa do seu corno.

Saiba mais sobre o Dia Mundial do Rinoceronte.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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