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Ribeira. Foto: Helena Geraldes (arquivo)

Quercus aplaude lista europeia mas lembra que muitas exóticas ficaram de fora

15.07.2016

Numa reacção à primeira lista europeia de espécies exóticas invasoras, publicada nesta quarta-feira, a Quercus aplaude a iniciativa mas lembra que várias outras espécies ficaram de fora, como o peixe-escorpião ou o vison-americano.

 

Depois de muitos meses de preparação, a Comissão Europeia publicou uma lista com 37 espécies exóticas invasoras que estão a causar danos à escala europeia. Dela fazem parte a rã-touro-americana (Lithobates catesbeianus), a tartaruga-da-florida (Trachemys scripta), o esquilo-cinzento (Sciurus carolinensis), a vespa-asiática (Vespa velutina) e o jacinto-de-água (Eichornia crassipes).

Para a Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, “é muito importante que a União Europeia dê sinais de que é capaz de agir nesta área onde uma acção coordenada de toda a Europa é essencial”, escreve em comunicado divulgado ontem.

Mas, apesar de ser “um passo na direcção certa”, esta lista com 37 espécies é “muito modesta em comparação com a escala do desafio”, alerta a associação.

As espécies exóticas invasoras são uma das maiores ameaças mundiais à biodiversidade. “Podem causar grande dano às espécies nativas, alimentando-se delas, competindo com elas por alimento e promovendo a propagação de doenças”, por exemplo. A Quercus lembra os casos em Portugal da vespa-asiática e da vespa-do-castanheiro, “que ameaçam de forma grave a apicultura e a produção de castanha”.

Para a Quercus, “muito mais espécies terão de ser adicionadas (à lista) para que se possa combater eficazmente esta grave ameaça à natureza na Europa”. Além do acrescento da lista, a associação defende a “implementação do combate” a estas espécies e a “identificação de todas as espécies perigosas” o mais rapidamente possível.

 

[divider type=”thick”]Saiba mais.

Consulte aqui as 37 espécies da lista.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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