Banner

Prémio Quercus 2021 atribuído ao investigador botânico Jorge Paiva

05.11.2021

O Prémio Quercus 2021 foi atribuído ao professor e botânico Jorge Paiva, “em reconhecimento do seu trabalho científico, de divulgação e defesa da nossa floresta e biodiversidade autóctones”, foi recentemente anunciado.

Criado em 2004, o Prémio Quercus tem como principal objetivo distinguir entidades, empresas ou cidadãos que se destaquem enquanto defensores do ambiente e promotores do desenvolvimento sustentável em Portugal ou em qualquer parte do mundo.

Este ano foi atribuído a Jorge Paiva.

O investigador e botânico Jorge Américo Rodrigues de Paiva nasceu em Cambondo (Angola) em 1933. É licenciado em Ciências Biológicas pela Universidade de Coimbra e doutorado em Biologia pelo Departamento de Recursos Naturais e Medio Ambiente da Universidade de Vigo (Espanha).

No seu trabalho científico destaca-se a identificação e classificação de novas espécies botânicas, assim como a realização de explorações botânicas em diversos países da Europa, África e ainda Azerbaijão (Ásia Central) e Brasil.

Atualmente aposentado, o seu trabalho prossegue através de inúmeros artigos na comunicação social, intervenções públicas e dinamização de atividades. Ambientalista reconhecido, em particular na defesa da nossa floresta e biodiversidade autóctones, é membro ativo de diversas associações e comissões nacionais e internacionais.

É ainda investigador principal no Departamento de Botânica da Universidade de Coimbra, onde lecionou algumas disciplinas, tendo também lecionado, como professor convidado, na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, nos Departamentos de Biologia das Universidades de Aveiro e da Madeira, na licenciatura de Arquitetura Paisagista da Universidade Vasco da Gama de Coimbra, no Departamento de Engenharia do Ambiente do Instituto Superior de Tecnologia de Viseu e no Departamento de Recursos Naturais e Medio Ambiente da Universidade de Vigo (Espanha).

A entrega do Prémio Quercus aconteceu a 31 de Outubro na sede nacional da Quercus, no Bairro do Calhau – Parque Florestal de Monsanto em Lisboa. Ainda durante o evento foram plantados, simbolicamente, três carvalhos cedidos pela Câmara Municipal de Lisboa.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

Don't Miss