O Prémio Quercus 2021 foi atribuído ao professor e botânico Jorge Paiva, “em reconhecimento do seu trabalho científico, de divulgação e defesa da nossa floresta e biodiversidade autóctones”, foi recentemente anunciado.
Criado em 2004, o Prémio Quercus tem como principal objetivo distinguir entidades, empresas ou cidadãos que se destaquem enquanto defensores do ambiente e promotores do desenvolvimento sustentável em Portugal ou em qualquer parte do mundo.
Este ano foi atribuído a Jorge Paiva.
O investigador e botânico Jorge Américo Rodrigues de Paiva nasceu em Cambondo (Angola) em 1933. É licenciado em Ciências Biológicas pela Universidade de Coimbra e doutorado em Biologia pelo Departamento de Recursos Naturais e Medio Ambiente da Universidade de Vigo (Espanha).
No seu trabalho científico destaca-se a identificação e classificação de novas espécies botânicas, assim como a realização de explorações botânicas em diversos países da Europa, África e ainda Azerbaijão (Ásia Central) e Brasil.
Atualmente aposentado, o seu trabalho prossegue através de inúmeros artigos na comunicação social, intervenções públicas e dinamização de atividades. Ambientalista reconhecido, em particular na defesa da nossa floresta e biodiversidade autóctones, é membro ativo de diversas associações e comissões nacionais e internacionais.
É ainda investigador principal no Departamento de Botânica da Universidade de Coimbra, onde lecionou algumas disciplinas, tendo também lecionado, como professor convidado, na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, nos Departamentos de Biologia das Universidades de Aveiro e da Madeira, na licenciatura de Arquitetura Paisagista da Universidade Vasco da Gama de Coimbra, no Departamento de Engenharia do Ambiente do Instituto Superior de Tecnologia de Viseu e no Departamento de Recursos Naturais e Medio Ambiente da Universidade de Vigo (Espanha).
A entrega do Prémio Quercus aconteceu a 31 de Outubro na sede nacional da Quercus, no Bairro do Calhau – Parque Florestal de Monsanto em Lisboa. Ainda durante o evento foram plantados, simbolicamente, três carvalhos cedidos pela Câmara Municipal de Lisboa.