O novo veículo financeiro para o Ambiente, designado Fundo Ambiental, disponibiliza 154 milhões de euros para 2017. Parte do financiamento irá para o Plano Piloto da Peneda-Gerês e para o aumento do conhecimento sobre os insectos do país.
Do total, 47 milhões de euros estão previstos para o apoio a novos projectos, segundo uma nota divulgada ontem pelo Ministério do Ambiente.
Cerca de 32 milhões de euros destinam-se a projectos definidos pelo Ministério, como o Plano Piloto da Peneda-Gerês, aprovado na sequência dos incêndios que atingiram o único Parque Nacional do país. Esta iniciativa, com um investimento previsto de 8,5 milhões de euros, prevê o restauro da Mata do Mezio (rearborização de cerca de 500 hectares de área florestal), da Mata do Ramiscal (reconstituição de habitats naturais), a concretização do Programa de Prevenção Estrutural e Conservação da Mata Nacional do Gerês e a conservação dos teixiais.
Além da Peneda-Gerês, o Ministério avançou à agência Lusa que o Fundo Ambiental vai apoiar a criação de listas vermelhas para alguns grupos de invertebrados entre 2017 e 2018, citou o jornal Público.
“O plano de mobilização do investimento em conservação da natureza e biodiversidade, promovido pelo ICNF (Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas) em Outubro de 2015 identifica no quadro de intervenções prioritárias até 2020 o projecto Lista Vermelha de Invertebrados e colmatação de insuficiências da Rede Natura 2000”, avança o Ministério, segundo a Lusa, citada por aquele jornal diário.
O Fundo Ambiental vem substituir o Fundo Português de Carbono, o Fundo de Intervenção Ambiental, o Fundo de Protecção dos Recursos Hídricos e o Fundo para a Conservação da Natureza e da Biodiversidade.
Segundo o Ministério da Rua do Século, este veículo financeiro quer garantir “o cumprimento dos objectivos assumidos a nível internacional em matéria de desenvolvimento sustentável e alterações climáticas”.