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Golfinho roaz. Foto: Cloudette_90/WikiCommons

Observação de golfinhos condicionada na entrada do Estuário do Sado durante Agosto

24.07.2024

 

O Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) determinou a proibição da observação de golfinhos e a permanência de embarcações marítimo-turísticas e recreativas na entrada do Estuário do Sado, em Setúbal, entre os dias 1 e 30 de Agosto para proteger a população destes animais.

 

De acordo com os últimos dados, existem no Estuário do Sado 27 golfinhos roazes (Tursiops truncatus), incluindo cinco crias e alguns exemplares com mais de 40 anos.

A decisão de condicionar a observação de golfihos “resulta das conclusões do Estudo de Reavaliação da Capacidade de Carga de Observação de Cetáceos no Estuário do Sado e zona marinha adjacente, realizado em 2022. O estudo destacou a vulnerabilidade desta população devido ao seu reduzido número e à baixa probabilidade de crescimento até 2030”, explicou o ICNF em comunicado.

Para mitigar os impactos negativos da atividade humana, o ICNF implementa, pelo segundo ano consecutivo, a restrição experimental de observação de golfinhos na entrada do estuário.

As atividades de observação de cetáceos e navegação marítimo-turística continuarão a ser permitidas na Costa da Arrábida, Costa de Tróia e restante Sado, exceto na área restrita assinalada na imagem que consta no Edital.

Estas medidas excepcionais durante a época balnear têm como principal objetivo “reduzir a perturbação associada à presença humana, protegendo assim a população de golfinhos roazes do Sado”.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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