O novo dirigente do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) é nomeado em regime de substituição sem aguardar pelo desfecho do concurso, tal como os restantes membros do conselho directivo.
De acordo com o despacho conjunto dos ministros do Ambiente e da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural – publicado esta quarta-feira – a nomeação acontece “tendo em conta a importância das missões atribuídas ao ICNF e a necessidade de assegurar o normal funcionamento do instituto, dentro do novo paradigma organizacional, até à conclusão dos respectivos procedimentos concursais”.
É que ao contrário do que agora sucede, os membros do conselho directivo do instituto costumam ser designados após concurso, seguindo as regras de recrutamento de pessoal dirigente em organismos do Estado.
Nuno Banza vai substituir Rogério Rodrigues, que estava à frente do ICNF desde 2016. O novo dirigente tem 44 anos e já trabalhou como técnico superior de Engenharia do Ambiente no ICNF, onde foi responsável pelas acções dos Planos de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida e Reserva Natural do Estuário do Sado.
É licenciado em Engenharia do Ambiente e mestre em Ordenamento do Território e Impactes, pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. É doutorando em Alterações Climáticas e Políticas de Desenvolvimento Sustentável pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.
De acordo com o despacho conjunto, o novo presidente do ICNF foi também fundador da Reserva Natural Local da Mata Nacional da Machada e Sapal do Rio Coina, na qual foi presidente da comissão directiva.
Actualmente, trabalhava como inspector-geral na Inspecção-Geral da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, desde Maio de 2014.
O agora presidente vai trabalhar sob a alçada da nova lei orgânica do ICNF, publicada no final de Março passado, que criou cinco direcções regionais “com um âmbito de actuação territorialmente delimitado no Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve”, refere o respectivo decreto-lei.
O despacho publicado hoje mantém Paulo Salsa como vice-presidente do ICNF , cargo que ocupava desde Julho de 2016. Continuam ainda três dos cinco vogais do conselho directivo: Sandra Vinhais Sarmento, Rui Felizardo Pombo e Nuno Sequeira.