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Algarve. Foto: CCMAR

Movimento defende sistema de alerta precoce para presença de algas invasoras no Algarve

18.07.2025

O avanço das algas invasoras no Algarve motivou a criação de um movimento regional que junta Ciência, entidades públicas, empresas e sociedade civil. O objectivo é mitigar o seu impacto nos ecossistemas e na economia local.

Nos últimos dois meses, o Observatório Marinho do Algarve (OMA), coordenado pelo CCMAR – Centro de Ciências do Mar do Algarve, tem dinamizado reuniões técnicas que juntam investigadores do CCMAR e do GreenCoLab (Associação Oceano Verde) a parceiros estratégicos da região – como a CCDR-Algarve, a AHETA (Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve), a RTA (Região de Turismo do Algarve) e vários municípios algarvios.

“Este esforço conjunto visa delinear uma estratégia regional de mitigação dos impactos das algas invasoras, apoiada em conhecimento científico e ajustada às necessidades do território”, explicou o OMA em comunicado.

O grupo de trabalho está a preparar um dossier político que quer apresentar no dia 25 de setembro, Dia Nacional da Sustentabilidade.

Este incluirá a proposta de um sistema de alerta precoce para a presença e proliferação de algas invasoras, a caracterização dos impactos ambientais, sociais e económicos associados e soluções de tratamento, remediarão e valorização da biomassa gerada por estas algas.

“Com o turismo a depender fortemente da qualidade ambiental das zonas costeiras, a proliferação de espécies invasoras levanta sérias preocupações ecológicas, sociais e económicas”, salientou o OMA.

O OMA, lançado oficialmente a 23 de maio, é uma iniciativa que “visa fortalecer a ligação entre ciência e setor económico para acelerar o desenvolvimento sustentável da região”.


Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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