Organizações de sete países, incluindo de Portugal, uniram-se para lançar hoje o movimento “Save Europe’s Rivers” (Salvem os rios da Europa) e a sua biodiversidade, ameaçados por mais de um milhão de barragens e açudes.
Em Portugal, o GEOTA – Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e do Ambiente e a SOS Salvem o Surf aderiram ao movimento, lançado para marcar o Dia Internacional de Acção pelos Rios e contra Barragens.
“É fundamental preservar os poucos rios e troços ribeirinhos que ainda não foram inundados ou estão poluídos”, diz Ana Brazão, coordenadora do projecto Rios Livres GEOTA, em comunicado.
Segundo o movimento, hoje existem mais de um milhão de barreiras (barragens e açudes) nos rios europeus, “cujas infraestruturas têm causado uma imensa destruição de habitats e perturbação de espécies”.
Actualmente, os rios são “dos ecossistemas mais ameaçados do mundo”.
Estas associações de Portugal, Albânia, Itália, Eslovénia, Reino Unido, Espanha e Suíça defendem, por exemplo, formas mais amigas do Ambiente de produzir electricidade e a reformulação de algumas barragens “para produzirem mais” ou para serem “totalmente removidas quando já não fazem sentido”.
“A ideia de que a energia produzida em barragens é verde e sem consequências negativas é falsa e tem levado à construção de cada vez mais barreiras nos rios europeus”, acrescenta Ana Brazão.
As associações que lançaram este movimento lembram que “os rios são as veias do planeta”, fazem o “transporte de nutrientes e sedimentos que alimentam as praias”, são um “corredor ecológico para animais e plantas” e representam “importantes áreas de lazer e recreio para as sociedades”.