A 6 de Maio, a equipa do RIAS – Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens, em Olhão, libertou o seu 10.000º animal, um cágado-de-carapaça-estriada, foi hoje revelado.
A libertação deste cágado, da espécie Emys orbicularis aconteceu a 6 de Maio e foi uma das acções organizadas para celebrar o 45º aniversário do Parque Natural da Ria Formosa, área protegida onde está instalado o RIAS.
“Durante quase todo o dia, o nosso Centro de Interpretação Ambiental esteve aberto a visitas e às 12h devolvemos à natureza vários cágados que haviam estado em recuperação no nosso centro”, contou o RIAS numa nota.
Foram devolvidos à natureza cinco cágados-mediterrânicos (Mauremys leprosa) que ingressaram no RIAS por diversas razões, sendo que três destes répteis chegaram com sinais de cativeiro ilegal.
Mas nesse dia houve uma surpresa. “Foi precisamente o dia em que libertámos o 10 000º animal, um cágado-de-carapaça-estriada (Emys orbicularis).”
Desde 2009, o RIAS – o único centro de recuperação de animais selvagens no Algarve e Baixo Alentejo – já recebeu mais de 22.000 animais, dos quais, 17.000 vivos. “Com estes, demos o nosso melhor para que a recuperação corresse da melhor forma possível, culminando na sua devolução à natureza.”
O RIAS trabalha há mais de 25 anos para recuperar as mais variadas espécies de animais, desde camaleões a bufos-reais.
Em 2022, a equipa do RIAS recebeu um total de 3.051 animais (2.161 vivos e 890 mortos) de 133 espécies diferentes, principalmente gaivotas (gaivota-de-patas-amarelas, gaivota-d’asa-escura e gaivota de Audouin).
A maior causa de ingresso foi síndrome parético em 27% dos indivíduos seguida
de debilidade/desnutrição em 18% dos indivíduos e queda do ninho/órfão em 16% dos
indivíduos.