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Foto: Virvoreanu Laurentius/Pixabay

Há três projectos com portugueses finalistas no Prémio Europeu Natura 2000

01.04.2024

Recuperar as pradarias de ervas marinhas e sapais do estuário do Sado, travar as aquáticas invasoras e melhorar a resposta aos crimes ambientais são as bandeiras dos projectos onde Portugal participa e nos quais pode votar até 25 de Abril.

Uma iniciativa da Comissão Europeia, o Prémio Europeu Natura 2000 acontece anualmente e visa reconhecer a excelência na gestão dos sítios Natura e as conquistas ao nível da conservação, não esquecendo o destaque ao valor acrescentado da rede de áreas de proteção da natureza da União Europeia para as economias locais. 

Este ano foram escolhidos 27 finalistas e três deles contam com a participação de portugueses. Há cinco categorias a concurso e qualquer pessoa pode votar numa delas, o Citizens’ Award – um reconhecimento do público daquele que é o seu projeto preferido.

“Guardiões da natureza” é um dos projectos a concurso onde Portugal participa juntamente com Espanha. O objectivo foi melhorar a eficácia e eficiência da resposta aos crimes ambientais em áreas de Rede Natura 2000 (nomeadamente no Estuário do Tejo, em Portugal, e nos sítios de Vegas del Ruecas e Cubilar y Moheda Alta, em Espanha).

Outro projecto é o “Reflorestar o Mar”, com o objectivo de conservar e restaurar as pradarias de ervas marinhas e sapais do estuário do Sado. No total este projecto conseguiu restaurar 20 hectares e retirar mais de 25 mil toneladas de lixo marinho (como plástico, vidro, metal e redes de pesca).

Finalmente, está também a votação o INVASAQUA, projecto sobre a Consciencialização e prevenção do problema da invasão de espécies aquáticas exóticas na Península Ibérica. A iniciativa teve como objectivo lutar contra as espécies invasoras de água doce e sistemas estuarinos de Portugal e Espanha, aumentando a sensibilidade do público em geral e de grupos directamente interessados, como os pescadores, para com este problema.

Os vencedores do Prémio Europeu Natura 2000 serão anunciados a 29 de Maio numa cerimónia organizada no âmbito da Semana Verde 2024.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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