Na semana passada, a GNR de Portalegre, encontrou um grifo (Gyps fulvus) ferido e uma águia-de-asa-redonda (Buteo buteo) debilitada e entregou-os aos cuidados dos técnicos de vida selvagem.
O grifo foi encontrado a 15 de Novembro no IP2 – cruzamento de Tolosa – Nisa pelo Núcleo de Proteção Ambiental do Destacamento Territorial de Nisa. A ave estava “em debilitado estado de saúde, supostamente vítima de embate com veículo automóvel”, segundo a GNR. Tinha ferimentos numa asa e no pescoço.
A ave foi levada para o CERAS – Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Castelo Branco, que a estava a monitorizar.
Dois dias depois, a 17 de Novembro, o mesmo Núcleo de Proteção Ambiental recuperou uma águia de asa redonda, em Vale do Asno – Comenda – Gavião. O animal estava caído no chão, em debilitado estado de saúde, com ferimentos visíveis na asa direita. Foi entregue no Instituto de Conservação da Natureza (ICNF) em Portalegre.
O grifo é uma espécie classificada como Quase Ameaçada, segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (2005). De acordo com o último censo da espécie, realizado em 1999, em Portugal existem cerca de 270 casais nidificantes. A morte por envenenamento – devido à utilização de iscos envenenados – é apontada como o principal factor de ameaça para o grifo, por se tratar de uma ave necrófaga, gregária e muito dependente da disponibilidade de cadáveres.
A águia-de-asa-redonda é uma das aves de rapina mais comuns na Europa e tem um estatuto de conservação Pouco Preocupante.