Um relatório publicado a 15 de Maio pelo Dam Removal Europe revela que, em 2024, foram removidas 542 barreiras dos rios europeus, o que corresponde a mais de 2.900 quilómetros de rios reconectados.
Essas 542 barreiras obsoletas ou abandonadas foram removidas em 23 países – no ano anterior tinham sido 487 em 15 países -, tendo sido batido um novo recorde.
A remoção dessas barreiras permitiu voltar a ligar 2.900 quilómetros de rios, segundo aquele relatório.
A organização Dam Removal Europe salienta que estas iniciativas ajudam a melhorar a resiliência climática e a segurança hídrica e alimentar e ainda a reverter a perda de biodiversidade.
A Finlândia surge como o país que mais barreiras removeu (138), seguida de França (128) e de Espanha (96).
Quatro países estrearam-se na remoção oficial de barreiras fluviais obsoletas: Bósnia-Herzegovina (9), Croácia (7), Turquia (2) e República Checa (2).
Portugal surge com uma barreira removida, um açude obsoleto na ribeira de Perofilho, na bacia do rio Tejo, junto a Santarém. Esta remoção é uma iniciativa que junta a WWF Portugal, o Município de Santarém e a SOS Animal.
A organização Dam Removal Europe fez as contas e revela que nos últimos cinco anos foram removidas um total de 1.694 barreiras nos rios europeus.
Há cinco anos que esta organização avalia o progresso e o impacto da eliminação destas estruturas como medida de restauro fluvial. O Dam Removal Europe é uma coligação de sete organizações: World Wildlife Fund (WWF), The Rivers Trust, The Nature Conservancy, European Rivers Network, Rewilding Europe, Wetlands International e World Fish Migration Foundation. A sua ambição é restaurar o estado de fluxo livre dos rios e ribeiros na Europa.