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Este ano nasceram três golfinhos no Estuário do Sado

15.12.2017

A população de golfinhos que vive no Estuário do Sado ganhou três novos elementos em 2017 e está estimada em 30 animais, anunciou hoje o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

 

Durante 2017 nasceram três crias de roazes corvineiros (Tursiops truncatu) do Estuário do Sado, mais uma do que no ano passado. Segundo um comunicado do ICNF, a primeira cria nasceu em Junho, a segunda em Agosto e a última em Setembro.

 

Cria de Junho. Foto: ICNF

 

Estes nascimentos só agora foram divulgados “de modo a proteger as novas crias”, explica o instituto responsável pela natureza no país.

As crias receberam os nomes de Sereia, Lua e Bolinhas, escolhidos por alunos do ensino básico (1o ciclo) de uma escola da região. A votação decorreu a 11 de Dezembro no auditório da Escola Básica Luísa Todi, numa iniciativa organizada pelo ICNF em parceria com a Câmara Municipal de Setúbal.

 

Azul e cria, Moisés e cria numa imagem captada em Novembro. Foto: ICNF

 

Em Portugal é possível observar golfinhos ao longo de toda a costa. Mas esta é a única população residente de golfinhos num estuário em Portugal e uma das poucas da Europa. Nos anos 80 chegou a ter cerca de 40 animais; em 2011 atingiu um mínimo de 25. E agora chega aos 30 indivíduos.

Quando adultos, estes golfinhos podem ter entre dois a quatro metros de comprimento e pesar entre 150 a 600 quilos. Alimentam-se de tainhas, carapaus, sardinhas, anchovas, enguias, chocos, lulas e alguns crustáceos.

Actualmente, metade da população do estuário é jovem, tendo menos de 20 anos; a outra metade terá, em média, 40 anos de idade. Os golfinhos podem viver até aos 50 anos.

 

[divider type=”thick”]Saiba mais.

Se deseja tornar-se um perito nos golfinhos do estuário do Sado, leia aqui o guia que a Wilder publicou sobre este assunto.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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