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Devolvido ao mar tubarão retido na Lagoa de Santo André

15.07.2024

Um tubarão perna-de-moça (Galeorhinus galeus) que estava na Lagoa de Santo André, em Santiago do Cacém, foi devolvido ao mar a 13 de Julho, informou o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

O tubarão, uma fêmea adulta com 1,5 metros, foi detetado na Lagoa de Santo André a 12 de Julho, por uma equipa de vigilantes da natureza da Direção Regional da Conservação da Natureza e Florestas do Alentejo.

Foto: D.R.

Ao longo do dia, o tubarão foi monitorizado, havendo a expectativa de, pela hora da maré cheia, pudesse escapar sozinho ou ser conduzido para o mar aberto, caso se verificasse contacto entre as águas do interior da lagoa e o oceano.

Tal não veio a verificar-se e, uma vez que a lagoa não poderia satisfazer as condições ecológicas para a sua sobrevivência durante muito tempo, foi levada a cabo uma ação conjunta de vigilantes da natureza do ICNF com a Flying Sharks, empresa especialista em captura e transporte de tubarões, a 13 de julho, para a captura e libertação do animal no mar aberto em segurança.

Foto: D.R.

“Felicito todos os envolvidos neste trabalho, que permitiu devolver ao mar este tubarão fêmea, que não iria sobreviver se continuasse na Lagoa de Santo André”, comentou a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho. “Ações como esta, a que o ICNF já nos habituou, são de extrema importância para a preservação da vida marinha. Os tubarões perna-de-moça desempenham um papel vital no ecossistema oceânico e é nosso dever protegê-los de qualquer tipo de ameaça.”

O tubarão perna-de-moça vive nos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico e pode atingir dois metros de comprimento. Alimenta-se essencialmente de peixes ósseos e cefalópodes como polvos e lulas.

Tubarão-perna-de-moça na Reserva Natural das Ilhas Desertas. Foto: AshlieJMcivor/WikiCommons

A Lagoa de Santo André foi aberta ao mar em Abril para a habitual renovação da água e das espécies.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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